segunda-feira, 26 de maio de 2008

Nota Introdutória

“Quando uma pessoa me procura, perturbada pela sua combinação única de dificuldades, constatei ser muito válido, apenas por criar uma relação com ela na qual esteja segura e livre.”
(Carl Rogers)[1]®


O importante da vida é realmente compreendermo-nos, e deste modo, podermos compreender os outros, pois sem tal capacidade fundamental, destruímos o nosso processo de socialização e mais do que isso, a nossa própria introspecção. Dada a impossibilidade de desenvolvermos um relacionamento saudável a respeito da nossa auto-analise bem como, consequentemente, a respeito da nossa relação com tudo o que nos rodeia.
Constatamos desta forma que por um lado, o questionamento das nossas atitudes, consiste num processo normal e essencial do ser humano, uma vez que este beneficia da capacidade racional e, por outro, nos momentos em que ele se sente perturbado pelos obstáculos com que se vai deparando ao longo do seu processo evolutivo, característicos da sua vida, o homem deve primordialmente auto-reflectir, da forma mais real e justa possível, sobre todos os elementos que se intercepcionam no seu caminho, para deste modo, avançar no seu percurso de vida, aceitando saudavelmente todos os aspectos negativos e positivos que naturalmente a constituem.
Assim, verificamos, que psicologia, é uma ciência que, estudada ou não pelo ser humano, é parte constituinte e indispensável na sua vida!





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[1] Carl Ransom Rogers (8 de janeiro de 1902, Oak Park, Illinois, EUA - 4 de fevereiro de 1987, La Jolla, Califórnia, EUA), psicopedagogo estadunidense. Importante pensador americano, foi um precursor da psicologia humanista e criador da linha teórica conhecida como Abordagem Centrada na Pessoa (ACP).

® Site: http://pt.wikiquote.org/wiki/Carl_Rogers

Bibliografia

Obras:
. DAVIDOFF, Linda, introdução à Psicologia, São Paulo, Makron books, 2

. Dicionário da Psicologia de Michel e Françoise Gauquelin. Editora: verbo.

. Dicionário de psicologia verbo As ideias, as obras, os homens

. Rodrigues, Custódio, “Manual De Psicologia” O que é que tem sido a psicologia, Porto, Contraponto edições, nº036

. GAUQUELIN, Michel e Françoise, dicionário da Psicologia, verbo, 31

. DAVIDOFF, Linda, introdução à Psicologia, São Paulo, Makron books, 4

. AAVV, Psicologia B, Perafita, Areal editores, 2006, 33

. AAVV, Terra, Universo de vida, Porto, porto editora, 2005, 135

. Reuchlin, Maurice, “História da Psicologia”, colecção da Universidade Moderna , nº80, Q.1063

. Manual de Psicologia B 12.º Ano, 2ª Parte “A Procura da Mente”. Página 157 e 159. Pires, Catarina; Azevedo, Lucinda; Brandão, Sara. Areal Editores 2006

. Enciclopédia da Psicologia Infantil e Juvenil – Perturbações do desenvolvimento. Página 110. Editorial Oceano. Edição: Lusodidacta, Lda.

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http://psicologiainfantileparentalidade.blogspot.com/

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http://aroeiraphysio.com.sapo.pt/psico_desp.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicopatologia

Psicologia Organizacional


A psicologia Organizacional iniciou-se na década de 30, com a formação de psicotécnicos. Na sua maioria eram engenheiros que se dedicavam aos problemas de ajustamento humano ao trabalho, mas é a partir da obra do autor Emilio Mina y Lopez, que se formou realmente na década de 50, a psicologia organizacional também conhecida por psicologia do trabalho. A partir da década de 50 o trabalhador deixou de ser visto como isolado e a psicologia organizacional passou a ser vista como uma fonte de variáveis, as quais deviam ser consideradas no processo de ajustamento do trabalho.
O enquadramento do trabalho na vida do homem levou à criação desta área da psicologia.Este ramo da Psicologia aplicada, inicialmente denominada como Psicologia Industrial, estuda os fenómenos psicológicos presentes nas organizações, e actua sobre os problemas organizacionais ligados à gestão de recursos humanos ou gestão de pessoas.[1]
Desde o nascimento até à morte vivemos em organizações. Para se compreender o comportamento dos membros de uma organização, segundo os psicólogos organizacionais, temos de analisar os seus caracteres individuais, as suas características sociais e ter em conta o factor organizacional.
Devido às grandes mudanças nos nossos dias as organizações do trabalho têm tido fortes repercussões, sendo assim mais comum a presença de um psicólogo organizacional
A psicologia do trabalho, por exemplo, em empresas é essencial, pois é uma boa forma de intervenção para melhor a gestão dos recursos humanos sendo feita a partir da compreensão do clima e da cultura organizacional.

A progressiva complexidade do trabalho levou a que a psicologia do trabalho e das organizações dividisse a sua reflexão em três domínios:
-A psicologia do pessoal: aborda questões relacionadas com a selecção de pessoal, a orientação e o desenvolvimento de carreiras, a avaliação do desempenho, etc.
-A psicologia do trabalho: aborda questões como a interacção homem/máquina, a organização do trabalho, a saúde e a segurança.
-A psicologia das organizações: aborda questões como a motivação, a liderança, as relações interpessoais e a gestão de conflitos.
A sociedade é considerada uma organização influenciadora dos indivíduos, por exemplo nas suas maneiras de vestir, de comer, de trabalhar, etc. Contudo, esta organização também recebe influencia de seu influenciado, com isso percebe-se que a sociedade moderna é uma sociedade de organizações humanas.
Para satisfazer as necessidades de uma organização o psicólogo deve conhecer a dinâmica de funcionamento do local, ter conhecimentos em relação á administração de recursos humanos, deve tomar medidas de modo a conciliar os meios da empresa e funcionários e repensar alternativas e abordagens para a resolução de problemas ou conflitos existentes.
Podemos encontrar um psicólogo organizacional em empresas, instituições, organismos profissionais, associações e clubes.
Tradicionalmente, as principais áreas da psicologia organizacional são: recrutamento, selecção de pessoal e diagnóstico organizacional.Existem muitas e diversificadas organizações, estas têm grande influência sobre a vida dos indivíduos.
Actualmente o psicólogo Organizacional conquistou seu “espaço”, através de um bom trabalho, perseverança e competência, mostrando-se um elemento fundamental e de grande importância dentro de uma empresa.
Assim a diversidade de actuação do psicólogo Organizacional expandiu-se, obtendo-se um repertório muito grande de actividades atribuídas a estes profissionais da psicologia.
O Papel do Psicólogo Organizacional é fundamental nas organizações para atingir-se níveis satisfatórios de desempenho no trabalho e um bom ambiente.
A principal função do psicólogo é trabalhar de forma, a não esquecer que cada ser humano tem sua individualidade e que esta, reflecte-se na organização em que se encontra, por isso a organização acaba por ser considerada única e individual onde a cada dia o profissional depara-se com uma nova “empreitada com suas individualidades” e assim o psicólogo utiliza todo o seu profissionalismo com o propósito de atender a dinâmica da organização.


Dentro das variadas funções que o psicólogo Organizacional pode realizar com competência destacam-se actividades como:- Recrutamento e selecção de pessoal; - Elaborar, executar e avaliar, numa equipa profissional, programas de qualificação e formação de mão-de-obra; - Participar, assessorar, acompanhar e elaborar instrumentos para avaliar o pessoal da organização em questão; - Planear, coordenar, executar e avaliar programas de qualificação, capacitação e desenvolvimento de recursos humanos; - Investir programas educacionais, culturais, recreativos e de higiene mental, com vistas a assegurar a preservação da saúde e a qualidade de vida do trabalhador; - Encaminhar e orientar os empregados e as organizações; - Coordenar e supervisionar as actividades de psicologia Organizacional; - Participar no processo de desligamento de funcionários; - Analisar cargos e salários;
-Realizar pesquisas sobre os sentimentos e emoções dos funcionários.


“A nossa sociedade é uma sociedade
organizacional. Nascemos em organizações,
somos educados em organizações e a maioria das
pessoas consome grande parte da vida a
trabalhar em organizações. A maioria morrerá
numa organização e, quando chega o momento do
enterro, a maior organização de todas – o Estado
– tem de dar autorização oficial”[2]


____________________________
[1] Site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_industrial
[2] Site: http://pt.shvoong.com/social-sciences/psychology/1809930-introduçao-relatorio-psicologia-organizacional/

Psicologia Infantil

A psicologia infantil também designada por psicologia do desenvolvimento da criança é uma área que como o próprio nome indica se debruça sobre a criança e o seu funcionamento. É um ramo da psicologia muito vasto que abrange a faixa etária desde o nascimento (ou até desde a gestação), até à adolescência.
Tem como propósito ajudar pais e educadores a compreender os comportamentos das crianças. Quanto mais conhecimentos, estes tiverem sobre a psicologia infantil, mais facilidade têm em identificarem características típicas de crianças e adolescentes problemáticos num meio de outros considerados ajustados. Esta formação deve ser feita por psicólogos e profissionais da área da saúde mental em escolas e centros especializados.

Para o psicólogo infantil perceber bem a criança, é necessário que tenha presente, as diferentes etapas do seu desenvolvimento, desde a gestação até à fase “quase” adulta.
Durante este processo a criança vai ultrapassar fases nas quais se vai desenvolvendo e adquirindo competências que vão ser essenciais para se tornar num adulto saudável tanto física como psiquicamente, desenvolvendo assim também a sua personalidade.
Para um psicólogo infantil a criança em estudo deve ser vista como um todo, emocionalmente e intelectualmente, estando estas duas componentes intimamente interligadas enquanto se vão desenvolvendo.
Segundo os estudos efectuados pelos psicólogos desta área a forma como uma criança desenvolve os seus afectos vai influenciar também a forma do seu desenvolvimento cognitivo.
Quando uma criança aparenta ter dificuldades de aprendizagem, o psicólogo não deve simplesmente avaliar a área cognitiva mas também ter em conta outros factores de avaliação como a vida familiar, cultural e emocional da criança, que poderão impedir a criança de fazer uma aprendizagem adequada.
Por exemplo, uma criança que esteja a vivenciar problemas no seu meio familiar, por vezes não se consegue abstrair deles e concentrar-se nas tarefas escolares.
O inverso também poderá ocorrer pois, uma criança que sinta dificuldades em aprender, pode começar a sentir baixa auto-estima, que se traduz numa imagem negativa de si própria e isso vir a prejudicar ainda mais esse problema.
Inicialmente é a família e o meio onde a criança está inserida que vai determinar o seu desenvolvimento adequado. Isto pressupõe que na sua vida emocional existam uma figura materna e uma figura paterna e que as relações entre si sejam equilibradas. Para uma boa adequação social é necessário que se dê uma boa integração das regras e limites.
Os pais têm que saber dizer NÃO na dose necessária, de forma a que a criança consiga suportar adequadamente a frustração (Strecht, 2005).
O pediatra e psicanalista Winnicot, referia que "a mãe deve ser suficientemente boa", quer com isto dizer que os pais devem corresponder às necessidades dos filhos, mas ensinando-lhes que não poderão ter todas as suas necessidades satisfeitas no imediato.

É importante estar-se atento aos comportamentos das crianças e adolescentes pois, “o desenvolvimento e a maturação da criança são por si fontes de conflitos que, como qualquer conflito, podem suscitar o aparecimento de sintomas” (Marcelli, 2005), por isso, quer em família, quer na escola, é importante que tenham cuidados com os mais novos, de forma a agir o mais rapidamente possível, minimizando assim probabilidade de evolução para um quadro mais patológico.

A psicologia infantil caracteriza-se pela sua intervenção activa em diversas áreas, tais como:
Agressividade / Violência;
Depressão Infantil;
Dificuldades na Alimentação;
Dificuldades em Dormir / Terrores Nocturnos;
Eczemas / Problemas de Pele;
Hiperactividade;
Mau Comportamento;
Medos;
Timidez Excessiva;
Vómitos Constantes.



“Quanto heroísmo não é necessário para vencer e ultrapassar os monstros que povoam a imaginação infantil desde a mais precoce razão!Quanto heroísmo para vencer as injustiças do meio familiar e social!Quanta coragem para que uma criança se tenha de insensibilizar a situações que ultrapassam o seu poder real!Quanta força interior é necessária para a criança se construir a si própria como pessoa, perante a indiferença e o abandono dos maiores!”
(Santos, 1984)

Psicologia Educacional


A Psicologia educacional envolve-se na área escolar, dedicando-se ao processo do ensino e aprendizagem do educando, educador, bem como aos métodos educativos dos mesmos. Noutras palavras, [1]“pretende estudar o processo de ensino e aprendizagem em diversas vertentes: os mecanismos de aprendizagem nas crianças e adultos; a eficiência e eficácia das tácticas e estratégias educacionais, bem como o funcionamento da própria instituição escolar enquanto organização”. Existem psicólogos que consideram Psicologia educacional sinónimo de Psicologia escolar.
Esta vertente da Psicologia tem como objectivo melhorar o processo de ensino/aprendizagem, tendo em conta as variáveis que têm influência neste mesmo processo. A Psicologia Educacional visa contribuir para a formação dos professores, e outros agentes educativos, no que se refere à promoção do desenvolvimento psicológico de adolescentes e jovens.
Este ramo da Psicologia tem uma vasta área de intervenção, pois actua em instituições como jardins-de-infância, escolas (incluindo todo o pessoal docente), famílias, externatos, escolas de ensino especial e consultórios de educação vocacional e profissional. Tem também uma larga intervenção no desenvolvimento do domínio cognitivo, nomeadamente na avaliação, psicopedagogia, métodos e hábitos de estudo, problemas de aprendizagem como a dislexia, atrasos no desenvolvimento e intervenção e estimulação precoce. O psicólogo educacional tem ainda outras competências, como a realização de projectos educativos, a ajuda aos professores e a elaboração de programas de prevenção de comportamentos de risco, nomeadamente em crianças.
-28- Os psicólogos educacionais pretendem tornar o método de aprendizagem mais efectivo e significativo para o educando, principalmente no que diz respeito à motivação e às dificuldades de aprendizagem, como o caso de desordem por défice de atenção, problemas emocionais ou comportamentais. Para tal, realizam diagnósticos que identificam as dificuldades de aprendizagem. A intervenção dos psicólogos concentra-se não só nestas necessidades escolares das crianças mas também noutras áreas onde a educação tenha impacto. O psicólogo educacional tenta manter o contacto com os alunos, professores e encarregados de educação de modo a tentar descodificar, ajudar bem como evitar as dificuldades educacionais. Os psicólogos educacionais também desenvolvem e aplicam inúmeras teorias de ensino e aprendizagem com o objectivo de explicar como se processa a aprendizagem. Estas teorias baseiam-se em princípios científicos, éticos e filosóficos. Entre algumas delas encontram-se, por exemplo, o Cognitivismo e o Behaviorismo. Destaca-se também alguns teóricos como Jean Piaget, Vygotsky e Skinner. A motivação está estritamente relacionada com a Psicologia educacional na medida em que a mesma pretende descodificar quais os motivos que levam as pessoas a agir de determinada maneira. Assim, a motivação permite que se entenda quais as razões das dificuldades de aprendizagem, isto é, o que está na origem de diversos comportamentos que provocam essas mesmas dificuldades.

Psicologia Criminal

Esta ciência nasceu da necessidade de legislação apropriada para os casos dos indivíduos considerados doentes mentais e que tenham cometido actos criminosos, pequenos ou graves delitos. Pois a doença mental tem de ser encarada a partir de uma perspectiva clínica mas também do ponto de vista jurídico.Ŕ
A sua importância justifica-se desde já pelo facto de anteriormente à sua existência, a perspectiva do combate ao crime, passava pelo agravamento das penas, até que os estudos efectuados pela psicologia, pela sociologia e pela antropologia, comprovam que a inadequada aplicação dessa perspectiva, pois esta medida não provocou uma diminuição dos actos criminosos. Logo, foi necessário reformular novas formas de abordagem e de actuação complementares.Ŗ

A Psicologia Criminal ou Psicologia Judiciária, consiste na aplicação dos conhecimentos psicológicos ao serviço do Direito[1]. Dedica-se à protecção da sociedade e à defesa dos direitos do cidadão, através da perspectiva psicológica, focalizando a conduta criminosa e a pessoa que a praticou, o seu carácter, as suas vicissitudes e as estratégias de intervenção para a reinserção social, tendo como objectivo combater e impedir a acção dos criminosos, por meio de uma visão interdisciplinar na análise do crime.
-19-Juntamente com a Psicologia Forense[2], constitui o campo de actuação da Psicologia conjuntamente com o Direito.Ŕ
A Psicologia Criminal é uma área da psicologia, que se dedica em especial, ao estudo do crime, isto é, ao momento, planeamento e respectivos envolvidos no crime, procurando identificar, relativamente aos actos ilícitos:
· As suas causas;
· Os mecanismos que os desencadeiam;
· Os efeitos sociais que eles provocam
Pois tem como objectivo, modificar as interpretações mais esquemáticas, impulsionadoras de comportamentos criminosos, funcionando de certa forma, como um modo de controlo sobre os mesmos e de reeducação destas tendências.
Este ramo da psicologia está associado ao sistema de justiça, onde há a conjugação de elementos convergentes: psicologia e direito.Ŗ


Psicologia vs Direito
Objecto de Estudo
Psicologia:Comportamento e os estados mentais
Direito: Norma jurídica
Objectivo:
Psicologia: Estudar o comportamento
Direito: Disciplinar o comportamento
Área do:
Psicologia: “Ser”
Direito: “Deve ser”
Definir:
Psicologia:Normal/Anormal
Direito: Licito/Ilícito

Este ramo da Psicologia dedica-se às situações que se apresentam sobretudo nos tribunais e que envolvem o contexto das leis. Desse modo, na Psicologia Jurídica, são tratados todos os casos psicológicos que podem surgir em contexto de tribunal. Dedica-se ao estudo do comportamento criminoso[3]. Clinicamente, tenta construir o percurso de vida do indivíduo criminoso[4] e todos os processos psicológicos que o possam ter conduzido à criminalidade, tentando descobrir a raiz do problema, uma vez que só assim se pode partir à descoberta da solução. Descobrindo as causas das desordens, sejam elas mentais e/ou comportamentais (criminosas, neste caso), também se pode determinar uma pena justa, tendo em conta que estes casos são muito particulares e assim devem ser tratados em tribunal.Ŕ


Um psicólogo criminal tem a seu cargo as seguintes competências discriminadas:

· Apoiar na selecção e formação de pessoal e guardas prisionais;
· Fazer diagnósticos de reclusos que apresentam observações comportamentais;
· Apoiar reclusos em situação de liberdade condicional;
· Avaliar o tratamento dos reclusos nos estabelecimentos prisionais;
· Participar num diagnóstico da imputabilidade* de um acusado;
· Testemunhar em tribunal, como especialista;


De um modo estruturante este profissional visa o alcance de, dos seguintes aspectos essenciais:

Avaliar:
-falsas memórias em depoimentos de testemunhas;
-situações de stress dos agentes da polícia e dos guardas prisionais;

Prestar apoio:
-a vítimas de violência doméstica, de abusos sexuais e de outras formas coacção e violência;
-à polícia na definição de perfis psicológicos que ajudem à identificação e captura de criminosos e na investigação de crimes.

Maria Adelaide de Freitas Caires, como resultado da dissertação de mestrado, a partir da sua aceitação face à integração na Unidade de Psicologia do Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo (IMESC), constatou a preocupante escassez doutrinária na área da realizou uma pesquisa, visando uma maior sistematização da matéria de tão relevante valor social face à Psicologia Criminal.
Esta investigadora, ocupa uma posição activa, relativamente a este ramo da psicologia, na medida em que:
· Define o campo de actuação da psicologia jurídica que, conforme o momento e a forma de actuação no processo legal, pode ser subdividida em Psicologia Forense e Criminal.
· Salienta a indispensabilidade da análise documental como método de fulcral na investigação do indivíduo.
· Reforça a interligação que deve ser realizada, entre Psicologia – Direito, partilhando os componentes psicológicos (cognitivos, intelectuais e de personalidade); os sociais (capacidade de adesão às normas e aos limites sociais, capacidade de adaptação social, grupo étnico, grupo social e factores de risco); e os jurídicos (grau de periculosidade, grau de responsabilidade e enquadramento em programas reeducativos). Pois a Psicologia Criminal é uma área que transcende até mesmo os horizontes da ciência psicológica ao incorporar tais componentes sociais e jurídicos ao caso específico
Esclarece que a Psicologia Criminal ocorre na fase de execução da pena, após a transição do processo penal e da sentença condenatória, cabendo ao psicólogo realizar o psicodiagnóstico, com vistas à progressão da pena ou à sua conversão em medidas substitutiva.

Ressalta-se que tal ciência tem por objecto, o estudo do delito (fenómeno humano e cultural); do delinquente (análise do homem delinquente nas suas interdependências); da vítima (procura a redefinição do carácter da vítima no sistema criminal), e do controle social, realizado pela sociedade (informal) e pelo Estado (formal), oferecendo-nos o diagnóstico do fenómeno criminal, que se mostra essencialmente capaz de sugerir programas, directrizes, estratégias para intervir nestes problemas sociais, resultantes de distúrbios mentais, objectivando que o controle social da criminalidade deixe de ser considerado apenas utopia, mas sim, algo totalmente voltado para a realidade que nos cerca.Neste sentido, tem-se vindo a verificar que a Psicologia é cada vez mais necessária e aliás, hoje em dia, já se considera, realmente imprescindível, pois de um modo geral, a criminalidade tem vindo a aumentar. No entanto, as tentativas feitas para dirimir esta problemática têm-se revelado infrutíferas. Por exemplo, casos de violência (seja psicológica, verbal, sexual ou física) e/ou de negligência parecem multiplicar-se diariamente, ou de fogo posto que parecem aumentar todos os anos, pelo que se torna portanto, imperativo, uma colaboração interdisciplinar, uma intervenção psicológica, para que os resultados destas tentativas se verifiquem, finalmente, positivos.Ŕ

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Ŕ Site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_Jur%C3%ADdica
Ŗ Site: http://www.colegioportugal.pt/psicologia_social_criminal.pps#20
[1] Sistema de normas de conduta imposto por um conjunto de instituições para regular as relações sociais.
[2] Consiste na aplicação dos princípios e conhecimentos psicológicos em diversas actividades relacionadas à aplicação das leis, como disputas judiciais pela guarda de crianças, abusos sexuais, entre outras.
Ŕ http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_Jur%C3%ADdica
Ŗ http://www.colegioportugal.pt/psicologia_social_criminal.pps#20
[3] Comportamento criminoso constitui um conjunto de acções elencadas por um indivíduo, que desencadeia o crime propriamente dito. Neste padrão de comportamento são confeccionados elementos diferenciados que caracterizam o sujeito autor, mesmo quando este seja desconhecido. A este conjunto de elementos compostos, dá-se o nome de Modus Operandi(MO). O MO é o método de trabalho do criminoso, determinado pela forma, pelos instrumentos usados para perpetração criminosa.
[4] Indivíduo que viola uma norma penal, sem justificação e de forma reprovável.
Ŕ http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_Jur%C3%ADdica
Ŕ http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_Jur%C3%ADdica

Psicologia Clínica


No século XVIII, as ideias psicológicas começaram a germinar no seio da psiquiatria, num primeiro momento sob influência do Romantismo (Victor Hugo, Stendhal, Baudelaire, etc.), que ressaltava o valor da individualidade, ao implementar o culto do “eu”, imprimindo uma perspectiva subjectivista à área que tinha, até então, uma óptica puramente mecanicista e organicista na compreensão dos “distúrbios nervosos”. Depois, o encontro da medicina com a filosofia, como ocorreu na obra de Maine de Biran (1766-1824) e Victor Cousin (1792-1967), propiciou uma visão mais unitária e psicossomática do homem, tendo clara influência na interpretação mais psicológica da psicopatologia.
Seguidamente, John H. Jackson, já em 1875, na Inglaterra, formulou um dos primeiros esquemas descritivos sobre o sistema nervoso, oferecendo bases para uma reflexão psicológica que irá influenciar a Psicologia Clínica.
Por outro lado, também, Pinel, em 1793, no hospital Bicêtre, e dois anos mais tarde na Salpêtrière, produziu uma revolução no tratamento dos loucos, ao libertá-los das correntes nas quais eram dominados pelos médicos e indivíduos dependentes como animais, para possibilitar-lhes um “tratamento moral”.
Essas e outras variáveis, contribuirão na crescente importância da perspectiva psicológica no seio da psiquiatria, resultando, no final do século XIX, na consolidação de uma área específica: a Psicologia Clínica.[1]
É de salientar a ideia de que a Psicologia Clínica é, herdeira de toda a tradição humanista e filósofa e até de uma tradição moral, que põe em primeiro plano a unidade dinâmica e criadora do sujeito humano. No fim do séc. XIX e neste séc. XX, a psicologia tomada como modelo as ciências já confirmadas (a física, a fisiologia), procura estabelecer as leis gerais de comportamentos isolados em abstracto (leis do hábito, leis da aprendizagem, etc.). Tal psicologia experimental (enquanto baseada em experiências), que induziam os resultados da observação de laboratório de uma população relativamente extensa, não podia levar ao finito o projecto de compreender o indivíduo na sua complexidade própria e na sua particularidade.
-10-Foi contra esta corrente que a Psicologia Clínica foi instituída, cujos principais teóricos são Pierre, Janel, Karl Jaspers, Daniel, Lagache. Psicologia da compreensão contra uma psicologia da explicação, psicologia globalizante contra uma psicologia atomística, a psicologia clínica foi enriquecida com as contribuições da psicanálise[2].®
Psicologia Clínica – Esta denominação é ambígua. Na verdade, o objectivo “clínica” tem conotação médica. Ora a psicologia clínica, interessando-se pela patologia, não fica por aí. O seu objectivo é mais ambicioso: estudar o indivíduo em profundidade, na singularidade da sua história e no caso concreto que esse indivíduo apresenta, ir além das aproximações parciais da psicologia experimental, com a finalidade de: prevenir, diagnosticar e tratar pessoas, grupos ou comunidades que apresentem problemas de carácter psicológico.
Desta maneira, voltamos a encontrar um sentido ao qual Littré se refere no seu dicionário (1873), ao definir a medicina clínica: “medicina que se ocupa das doenças consideradas individualmente”. ®
Segundo Lagache, a Psicologia Clínica “manifesta-se como o melhor instrumento, no domínio humano, de uma coordenação e controle das diversas disciplinas psicológicas” – Citação do texto da conferência de Lagache em 1949, em que se defende uma proposta para a psicologia clínica segundo a definição do seu objecto:

“Entende-se essencialmente por psicologia clínica uma disciplina psicológica baseada no estudo aprofundado de casos individuais. Em termos mais precisos, a psicologia clínica tem por objecto de estudo a conduta humana individual e suas condições (hereditariedade, maturação, condições psicológicas e patológicas, história de vida), em uma palavra, o estudo da pessoa total “em situação” (Lagache, apud: Prevost, ibid.: 47).

Ela deve ser uma psicologia aplicada e concreta, ou seja, ser uma prática apoiada sobre um método (o clínico), sustentada, principalmente, na análise de casos, cujo objecto é o “homem em conflito”, desdobrando-se na constituição de uma teoria. A partir dessas definições, Lagache propõe como objectivos da psicologia clínica: aconselhar, curar, educar ou reeducar; ou melhor ainda, prevenir e resolver conflitos. A psicologia clínica deve responder à demanda do sujeito que sofre e que procura seus serviços para curar sua “dor”. Além disso, juntamente com outros trabalhadores sociais, o psicólogo clínico deve trabalhar situações concretas, contribuindo na prevenção dos problemas sociais, como a delinquência e a criminalidade.[3]

-11-
O método Clínico e a Psicologia Clínica – Para Ribot ou para Janet, a observação dos efeitos da doença era um meio de conhecer a organização normal do psiquismo, mediante a gradual dissolução dos processos mais evoluídos. Igualmente a psicanálise, como método terapêutico, serviu de base para teorias da personalidade normal
A psicologia patológica introduziu na psicologia normal uma atitude geral, o “método” clínico definido em 1986 por Witmer e, de maneira diferente, em 1945, por Lagache (1903-1972), que consistia em observar muito tempo e de forma profunda, indivíduos particularmente em luta com os seus próprios problemas, conhecer de forma tão completa quanto possível, as circunstâncias de todos os outros, pois o todo constitui um conjunto dinâmico que não podemos simplificar sem mutilá-lo.Ř

O método clínico[4] foi pensado como sendo o levantamento e a análise de fatos através da observação, de entrevistas e da análise das produções do sujeito. A actividade fundamental que sustenta o trabalho psicológico e que viabiliza os objectivos citados é o diagnóstico, que é considerado a característica central do trabalho clínico:
“O diagnóstico é o ato essencial da psicologia clínica; ela pode se reduzir ao diagnóstico; se ela o transcende, em todos os momentos, no entanto, o diagnóstico permanece a perspectiva essencial, porque estabelece a base racional e real da acção psicológica” (Lagache, 1951 apud: Prevost, ibid.: 50).

As técnicas que a Psicologia Clínica pode utilizar são muitas, entre elas destaca como importantes para o trabalho clínico: técnicas históricas (análise de documentos e de testemunhos), técnicas de observação (exame clínico), testes psicológicos e técnicas psicanalíticas.ř


Este ramo da psicologia é constituído pelos seguintes aspectos essenciais:

-12-· Compreender e apoiar o indivíduo no processo de lidar e de se ajustar a situações adversas, acontecimentos que causam sofrimento, como desemprego, divórcio longas situações de stress, etc.
· Apoiar a pessoa na elaboração de estratégias para fazer face a situações de crise, ou procurar tornar a situação mais suportável.
· Desenvolver actividades de diagnóstico e de intervenção terapêutica em centros que prestem apoio a situações de risco, tais como: toxicodependência; suicídio juvenil; violência; vítimas de abuso; etc.
· Intervir em situações nas quais outros técnicos considerem poder existir indícios de perturbações de carácter psicológico. De notar que quanto mais precoce for o diagnóstico, mais eficiente será a intervenção terapêutica.
· Organizar programas de reabilitação especificamente dirigidos a pessoas que sofrem de doenças crónicas ou que, devido a doenças, perturbações mentais ou outras, apresentem dificuldades de adaptação.


A Psicologia Clínica aplica os conhecimentos psicológicos diagnosticando desajustamentos comportamentais e promovendo a terapêutica psicológica (psicoterapia) adequada ao seu tratamento, quer através do psicólogo agindo isoladamente, quer actuando integrado numa equipa terapêutica.
A consulta clínica é assim, a fonte de toda a actividade da Psicologia Clínica.
Por outro lado, o campo de interesse desta psicologia é bastante vasto, incluindo domínios que, na sequência de desenvolvimento atingido, se assumem como especialização já com apreciável grau de individualização.

A Psicologia do Desenvolvimento interessa-se pelo estudo da evolução aquisitiva das capacidades psíquicas. Mas como domínio da psicologia clínica, regista no caso individual a normalidade da citada evolução ou, na situação contrária, as perturbações encontradas, procurando, nesta última situação, diagnosticar as causas psicogénicas que eventualmente estejam na sua origem, partindo da psicoterapia adequada a cada caso particular.

-13-A Psicologia do Comportamento Desviante é outro dos domínios da Psicologia Clínica que nos últimos tempos vem ganhando acentuada projecção. O comportamento desviado dos padrões impostos pela sociedade, sem que necessariamente lhe esteja subjacente doença psíquica evidente, é hoje cada vez mais frequente. Que causas originam os comportamentos gratuitamente violentos, o consumo de drogas, as atitudes marginais? São estas algumas perguntas a que a psicologia do comportamento desviante procura responder. Para além disso, como domínio da Psicologia Clínica procura diagnosticar os aspectos psicogénicos do caso particular e aplicar a psicoterapia adequada. Um dos domínios importantes da Psicologia Clínica é a sexologia. Tendo tido Watson, Freud e Kinsey como pioneiros, ganhou foros de disciplina da Psicologia Clínica com Masters e Johnson. A terapêutica das disfunções sexuais ocupa hoje, e sem dúvida, um lugar privilegiado no seio da Psicologia Clínica.
Como último dos exemplos do domínio da Psicologia Clínica com idade própria, cite-se a psicanálise enquanto método psicoterapêutico. Ela assume-se, saem dúvida, como um suporte valioso para as manifestações mórbidas consequentes e muitos desajustamentos familiares e sociais. Ainda no que respeita às psicoterapias especializadas, não se pode esquecer a psicoterapia comportamental, técnica cujo domínio é indispensável à bagagem do psicólogo clínico.[5]

Assim, verifica-se que o psicólogo clínico não tem uma área específica de intervenção, pois intervém ao nível da saúde mental nomeadamente: sofrimento, dificuldades comportamentais das pessoas, perturbações psicológicas como depressão; ansiedade; doenças mentais; etc.

Neste sentido, o psicólogo clínico intervém em:

· Hospitais
· Centros de saúde
· Centros de reeducação, reabilitação e readaptação
· Clínicas
· Estabelecimentos prisionais
· Escolas
· Instituições de assistência social
· Profissão liberal em clínicas e consultórios
· Equipas interdisciplinares de apoio
· Etc.[6]


O campo de actuação deste tipo de psicólogos, insere-se na área da saúde e direcciona-se para a superação do sofrimento psíquico dos sujeitos, seja numa perspectiva individual e/ou grupal (famílias, equipas de trabalho, etc.).
-14-Este profissional, tem ainda implícito na sua profissão, a constituição de uma área de produção de conhecimento, ao ter como função, a partir da realização de pesquisas ou da sua prática, a elaboração de teorias e concepções acerca da realidade psicossocial e dos sujeitos nela inseridos, estejam em situação de sofrimento psíquico ou não.[7]

Por outro lado, o psicólogo e cliente são ambos activos no trabalho para a mudança psicológica. Desta forma o psicólogo clínico procura fazer com que o paciente se vá libertando face ao relato da sua auto-análise, à medida que também ele próprio, procura libertar-se dos seus problemas, aprendendo com o psicólogo, uma série de habilidades e novas tomadas de perspectiva.[8]

Estudos realizados e postos em debate na Conferência de Abertura do I Congresso de Psicologia Clínica, realizado entre os dias 14 e 18 de Maio de 2001, na Universidade
Presbiteriana Mackenzie, na cidade de São Paulo, pela investigadora Tânia Vaisberg, afirmam que a constatação corrente de que novas psicopatologias vêm surgindo na clínica psicológica contemporânea merece reflexões que indicam a necessidade do repensar de teorias e práticas. Considera-se, assim, que a retomada da experiência emocional humana, como questão clínica fundamental, evitará tanto o equívoco das teorizações objectivantes e abstractas como a aderência a modalidades de atendimento que já não atendam às necessidades emergentes. Por fim, é defendida uma posição segundo a qual o conhecimento do método psicanalítico, que visa, na sua essência, a compreensão do campo vivencial sobre o qual tem lugar a experiência subjectiva, é a base suficientemente segura sobre a qual a criatividade do psicólogo clínico pode apoiar-se na procura de verdadeiras práticas transformadoras da vida humana.[9]

Vejamos então, os aspectos fulcrais que caracterizam este ramo da psicologia:
O objecto da psicologia clínica é a pessoa, o indivíduo.
-15-A pessoa é encarada como um todo, com todas as suas vivências, exclusivas na sua singularidade e na situação concreta que está a viver.
Cada ser humano é único, distinto dos outros, o que implica uma abordagem exclusiva para cada caso.
A interacção entre psicólogo e paciente deve conduzir ao equilíbrio perdido pelo paciente (carácter distintivo da psicologia clínica).
Valorização da subjectividade, em que o psicólogo é um sujeito que tenta compreender outro sujeito. Ou seja, interactividade entre dois sujeitos activos.
A psicologia clínica tem como objectivo ajudar a pessoa a superar dificuldades de natureza psicológica, tais como:

›Alterações do comportamento
›Perturbações do humor (perturbação, desinteresse, isolamento, desmotivação)
›Perturbações de ansiedade
›Alterações do comportamento alimentar
›Distúrbios da personalidade
›Perturbações do desenvolvimento sócio – emocional.[10]


Neste sentido, o seu grande contributo deve-se ao facto de analisar aprofundadamente, as especificidades de cada indivíduo, de modo a compreender as causas e as formas de actuação do problema de cada pessoa, bem como o alcance do melhor método terapêutico, adequado à sua situação específica.
Ou seja, sem a intervenção deste ramo da psicologia, os sofredores de problemas psicológicos, seriam muito provavelmente, de imediato, encaminhados para o internamento, nas situações mais complicadas, enquanto nos casos mais simples, seriam apenas medicados. Uma vez que, este é o processo mais simples, face ao rápido afastamento do problema, mas que no entanto, não toca no aspecto essencial, que é justamente tratar a mente do paciente. Pois sem esta intervenção fundamental, o doente irá recuperar apenas “artificialmente”, ou seja, a avaliar por valores médicos, irá passar a apresentar depressa valores positivos, não correndo perigo de vida, mas contudo, assim que seja libertado deste processo de recuperação imposto pelo hospital, irá provavelmente voltar ao mesmo problema que tinha inicialmente, já que este não foi introspectivamente analisado e por isso esclarecido com o respectivo paciente.
-16-Assim, é notável que o aspecto primordial na psicologia clínica é a analise subjectiva que permite resolver os problemas psíquicos da raiz, fazendo com que o paciente os aceite e os confronte na sua vida.

“A psicologia clínica é destinada aos médicos, mas cabe aos filósofos construí-la.”
(Prévost, 1988)


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[1] Site: http://www.psiclin.ufsc.br/Hist%F3ria%20da%20Cl%EDnica%20e%20da%20Psicologia%20Cl%EDnica.pdf
[2] Método desenvolvido pelo médico neurologista alemão Sigmund Freud, para tratar de distúrbios psíquicos a partir da investigação do inconsciente.
® AAVV, Dicionário de psicologia verbo As ideias, as obras, os homens
® AAVV, Dicionário de psicologia verbo As ideias, as obras, os homens
[3] Site: http://www.psiclin.ufsc.br/Hist%F3ria%20da%20Cl%EDnica%20e%20da%20Psicologia%20Cl%EDnica.pdf
Ř Reuchlin, Maurice, “História da Psicologia”, colecção da Universidade Moderna , nº80, Q.1063
[4] Método da psicologia clínica que utiliza a entrevista clínica, onde analisa, interpreta e atribui significado e sentido a:
§ O que a pessoa conta
§ A forma como a pessoa fala
§ Como a pessoa se comporta
§ Como a pessoa relata as suas experiências


[5] Rodrigues, Custódio, “Manual De Psicologia” O que é que tem sido a psicologia, Porto, Contraponto edições, nº036
[6] Site: http://josvie.freehostia.com/aplicada.htm
[7]Site: http://www.psiclin.ufsc.br/Hist%F3ria%20da%20Cl%EDnica%20e%20da%20Psicologia%20Cl%EDnica.pdf

[8] Site: http://www.psiclin.ufsc.br/Hist%F3ria%20da%20Cl%EDnica%20e%20da%20Psicologia%20Cl%EDnica.pdf
[9] Site: http://www4.mackenzie.com.br/fileadmin/Editora/Revista_Psicologia/Teoria_e_Pratica_Volume_3_-_Numero_1/v3n1_art7.pdf
[10] Site: http://zed.com.pt/1230%20-%20Psicologia%20Clinica.htm

Psicologia Animal

A psicologia animal é uma ciência recente, visto ter nascido já no século XX.
Esta Psicologia é considerada biológica e refere-se a todos os comportamentos internos ou externos dos animais, quer individualmente quer na relação com os outros.
Como objectivo, esta vertente da Psicologia, [1]“analisa as maneiras de proceder e os comportamentos (inatos ou adquiridos) dos animais e corresponde à etologia ou ciência do comportamento”. Tem também a função de determinar o lugar em que uma espécie se situa na escala evolutiva.
A Psicologia animal tem um grande contributo, pois os seus estudos sobre animais conduzem a respostas sobre a Psicologia Humana. Autores da Psicologia da aprendizagem, elaboraram as suas leis a partir de dados obtidos com animais, visto que neles as experiências podem ser simplificadas e controlados os factores não relevantes, isto é, os autores [2]“escolhem trabalhar com organismos mais simples ao invés de pessoas, bem como por questões de ética, muitas pesquisas não podem ser realizadas em humanos”. Por exemplo, Thorndike através da sua experiência com a caixa -problema onde fechou gatos famintos numa caixa de madeira, equipada com uma porta que podia ser aberta através de um mecanismo, e colocou o alimento cá fora, chegou há conclusão que existem três aspectos distintos, comuns a muitas situações de aprendizagem, quer em animais quer em humanos: [3]“a aprendizagem por ensaio e erro: a solução do problema é encontrada, não através de uma estratégia previamente definida, mas por tentativas sucessivas; a aprendizagem progressiva: diminuição gradual do tempo necessário para abrir o mecanismo, em consequência da eliminação das condutas inadequadas e a motivação: o alimento funciona como motivo impulsionador e reforçador da conduta de fuga”.
-6-Desde há muito tempo na história que existe o interesse em compreender o comportamento animal, porém apenas recentemente surgiu o interesse em investigá-lo e compreendê-lo de forma mais profunda, surgindo assim a questão de que a natureza social dos animais, isto é, a sua relação com os outros poderia derivar de um sistema inato ou de uma aprendizagem social, podendo ser a mesma manipulada. Em resposta a esta questão surgiram algumas teorias como a de Thomas Hobbes, no século XVII que defendia que os animais (racionais e irracionais) apenas se preocupam consigo e com as suas necessidades, por outras palavras [4]“o homem era por natureza um ser anti social (o mesmo para o caso dos animais), auto -centrado sobre as suas próprias necessidades, que apenas procura a sua auto -satisfação independentemente das consequências que isso possa ter sobre os outros”. É assim deste modo que as normas e regras que fazem com que o Homem se auto – controle, evitando o caos da desordem e egoísmo. Uma outra teoria surge com Darwin no século XIX. O mesmo defende que as espécies actuais descendem de outras anteriores, tendo o autor dedicando-se ao estudo deste processo. Verifica ainda que existem alterações individuais dentro de uma espécie e algumas são hereditárias. A teoria de Darwin é, assim caracterizada pela selecção natural que tem o seguinte raciocínio [5]“os seres vivos, mesmo os da mesma espécie, apresentam, variações entre si; as populações têm tendência para crescer em progressão geométrica; o número de indivíduos de uma espécie geralmente não se altera muito de geração em geração; em cada geração uma boa parte dos indivíduos é naturalmente eliminada porque se estabelece uma luta pela sobrevivência, devido à competição pelo alimento, refúgio, espaço e pela capacidade de fuga dos predadores; sobrevivem os indivíduos que estiverem mais bem adaptados, isto é, os que possuírem as características que lhe conferem qualquer vantagem em relação aos restantes. Os menos aptos ao longo do tempo serão eliminados progressivamente. Existe, pois, uma selecção natural (processo que ocorre na Natureza e pelo qual só os indivíduos mais bem dotados relativamente a determinadas condições do ambiente sobrevivem – sobrevivência do mais apto); os indivíduos mais bem adaptados vivem durante mais tempo e reproduzem-se mais, transmitindo as suas características à descendência, ou seja, verifica-se uma reprodução diferencial. A acumulação das pequenas variações determina a longo prazo a transformação e o aparecimento de
-7-novas espécies”.
A Psicologia animal tem um grande contributo no desenvolvimento dos humanos, visto que os estudos mais recentes [6]”têm demonstrado que existem vários benefícios dos animais de companhia no bem-estar geral, no desenvolvimento psicológico, social e na qualidade de vida das pessoas. Tudo indica que interacção com animais de companhia provoca nas pessoas resultados fisiológicos, psicológicos e sociais”; na resolução de problemas emocionais devido ao nosso quotidiano, nomeadamente na resolução do stress, a solidão e o isolamento social. Por fim este ramo da Psicologia pode ajudar na cura de algumas doenças como deficientes visuais e motores, crianças hiperactivas, pessoas com problemas psiquiátricos, doentes de Alzheimer e de trissomia 21. [7]“Acredito profundamente que as terapias e as actividades com recurso a animais proporcionam uma assinalável melhoria da qualidade de vida das pessoas a que elas recorrem”.
É assim, que a Psicologia animal assume uma grande importância, pois não estuda só os comportamentos dos animais, mas ajuda também a compreender melhor os dos humanos.

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[1] Obra: GAUQUELIN, Michel e Françoise, dicionário da Psicologia, verbo, 31
[2] Obra: DAVIDOFF, Linda, introdução à Psicologia, São Paulo, Makron books, 4
[3] Obra: AAVV, Psicologia B, Perafita, Areal editores, 2006, 33
[4] Site: http://www.pegadas.iol.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=309&Itemid=106

[5] Obra: AAVV, Terra, Universo de vida, Porto, porto editora, 2005, 135
[6] Site: http://dr-hugo-jorge.blogspot.com/2007/11/entrevista-humanos-e-animais.html

[7] Site: http://dr-hugo-jorge.blogspot.com/2007/11/entrevista-humanos-e-animais.html

Entrevista - Psicologia Educacional



Nome: Marta ferreira
Idade: 23 anos
Universidade: ISPA
Ano: 4ºano





1) Como define a Psicologia Educacional?
É a área que apoia escolas, professores, funcionários. Na realidade apoia tudo o que envolva educação e família. Segundo o meu ponto de vista a psicologia educacional integra-se na psicologia escolar.

2) O que faz um psicólogo educacional?
Um psicólogo educacional tenta sempre melhorar as condições da educação, dependendo da integração na sociedade.

3) Como é visto na sociedade um psicólogo educacional?
Depende dos locais. Nas escolas há algum medo por parte dos professores na medida que temem que os psicólogos educacionais ocupem os seus lugares. A sociedade em geral não sabe a diferença entre um psicólogo educacional de outro.


4) Existem pessoas a consultar um psicólogo Educacional? Ou pelo contrário?
Existe muita necessidade mas existe poucas pessoas a consultar um psicólogo educacional.

5) Em Portugal é fácil ser-se psicólogo Educacional?
Não faço ideia, só daqui a dois anos.

6) O que o fez seguir este ramo da psicologia?
Ao início estava indecisa em seguir psicologia educacional ou clínica. Depois acabei por seguir o ramo educacional pois percebi que não queria ajudar pessoas com problemas, mas sim trabalhar com crianças e ajudá-las a ultrapassar os problemas bem como evitá-los.


7) Acha que este ramo da psicologia abrange a maior parte da sociedade, isto é, se considera que a sociedade sabe da sua existência?
Não!

8) Aconselharia os jovens a enveredar por este ramo da psicologia? Porquê?
Aconselharia os jovens que gostassem. Pessoalmente gosto imenso do curso mas penso que é preciso um pouco de “estômago” para o que vai surgir.

9) Esta psicologia tem algumas particularidades que mereça destaque?
A psicologia em si é especial.

10) O governo apoia este tipo de psicologia?
Acho que não, pois não investe o suficiente neste ramo da psicologia. Actualmente não existem psicólogos educacionais suficientes nas escolas. Por vezes, existe um psicólogo para cada agrupamento de escolas. Penso que se uma escola tiver um psicólogo educacional já é muito bom.

11) Onde pode trabalhar um psicólogo educacional?
Os psicólogos educacionais podem trabalhar em hospitais, centro de crianças com necessidades especiais, escolas (alunos, professores e funcionários) entre muitos outros sítios.

14) Sabe qual a origem da Psicologia Educacional?Não!

Psicologia


A humanidade desde sempre colocou inúmeras questões acerca do mundo que a rodeia, procurando respostas que diminuíssem a angústia e a inquietação. A Natureza, bem como a reflexão sobre si mesmo e a vida humana, nomeadamente as suas emoções, inquietações e sentimentos foram objecto destas mesmas questões.
É deste modo que nasce o conceito de alma, onde reside a raiz etimológica da psicologia (do grego, psychologhía, termo derivado das palavras psyché, "alma", e lóghos, "palavra", "razão" ou "estudo"). Assim, a Psicologia entende-se como a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano e animal. Outro objecto de estudo da psicologia é as personalidades inadaptáveis com comportamentos desviantes, chamados de psicopatologia. Entre outras actuações desta ciência, destaca-se a explicação dos mecanismos envolvidos em determinados comportamentos, assim como prevenir e modifica – los. [1]“Tem-se afirmado que a Psicologia é uma ciência com um longo passado, mas com uma curta história.” Tal frase lança o facto de os povos de todos os tempos e de todas as culturas se terem ocupado dos problemas da alma e da vida humanas.
-3-A psicologia é uma ciência considerada como da área biomédica, assim ela é estudada tanto em métodos quantitativos como em métodos qualitativos. Estes métodos aplicam-se ao estudo dos processos psíquicos, geradores de comportamentos e vice-versa. Os estudos clássicos em psicologia baseavam-se justamente nos comportamentos, que eram directamente observados, que faziam com que o psicólogo inferisse um processo psíquico; porém, com os avanços das neurociências, na actualidade, também é possível, mesmo que rudimentarmente, estudar os processos psíquicos na sua origem. A introspecção é outro método para chegar aos processos conscientes. Existem vários outros métodos desenvolvidos, cada um para estudo de um ou mais processos mentais. Cabe à psicologia estudar questões ligadas [2]“ao desenvolvimento, as bases fisiológicas do comportamento, a aprendizagem, a percepção, a consciência, a memória, o pensamento, a linguagem, a motivação, a emoção, a inteligência, a personalidade, o ajustamento, o comportamento anormal e o seu tratamento, as influências sociais e o comportamento social. É também aplicada na indústria, educação, engenharia entre muitas outras áreas”
O psicólogo age em diversas áreas, aprendendo a pesquisar novos caminhos a partir de dados já existentes; a formar opiniões convergentes ou divergentes, podendo ser na forma de crítica ou avanço em uma determinada pesquisa; a montar estudos com bases em experiências, em observações, em estudos de casos, em análises neurológicas e farmacológicas, estudando também vários conteúdos em grupos multidisciplinares.
Existiram cinco movimentos da Psicologia no passado, o estruturalismo, o funcionalismo, o behaviorismo, a Psicologia de Gestalt e a teoria Psicanalista. Actualmente as visões da Psicologia moderna são a visão psicanalista, o neobehaviorismo, a visão cognitiva e a humanística.
Todos nós usamos a Psicologia no nosso quotidiano ao observarmos e tentarmos compreender o nosso comportamento e dos outros.

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[1] Site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia


[2] Obra: DAVIDOFF, Linda, introdução à Psicologia, São Paulo, Makron books, 2

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Psicopatologia

O termo Psicopatologia nasceu na Grécia, psykhé, e significa espírito e patologia. Esta psicologia dedica-se tanto ao estudo dos estados mentais patológicos, quanto à manifestação de comportamentos que podem indicar um estado mental anormal.
Foi com a descoberta da Psicanálise, com Freud, que a Psicopatologia foi introduzida na Psicologia.

Sob a denominação genérica de psicoses infantis classifica-se um grande número de doenças mentais graves que têm como característica principal a perda do contacto com a realidade, a alteração do campo da consciência e a regressão do comportamento a etapas anteriores, com perda das capacidades adquiridas: linguagem, motricidade, controlo de esfíncteres, interesse pelo ambiente, isto é, são numerosos quadros clínicos que correspondem, definitivamente, às formas mais clássicas de alienação ou loucura na infância. (1)

A psicopatologia visa a observação e sistematização de fenómenos do psiquismo humano e colabora com os profissionais que trabalham com saúde mental, em especial os psiquiatras, os psicólogos e os assistentes sociais.

Karl Jaspers foi o grande responsável por tornar a psicopatologia uma ciência autónoma e independente da psiquiatria, afirmava que o objectivo desta é “sentir, apreender e reflectir sobre o que realmente acontece na alma do Homem.” (2)

Jaspers editou uma obra “Allgemeine Psychopatologie” onde expôs os seus objectivos.

A psicopatologia distingue-se da psiquiatria, pois tem um âmbito mais restrito, com o fim de conhecer os fenómenos psíquicos patológicos.

A esquizofrenia, o transtorno bipolar, o transtorno obcessivo-compulsivo e as psicoses maníaco-depressivas, são algumas das muitas patologias mentais estudadas pela psicopatologia.
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(1) Enciclopédia da Psicologia Infantil e Juvenil – Perturbações do desenvolvimento. Editorial Oceano. Edição: Lusodidacta, Lda.
(2) Internet:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicopatologia

Psicologia do Desporto

A Psicologia do Desporto surgiu entre o final do século XIX e o início do século XX. Inicialmente, esta psicologia centrava o seu estudo na observação, descrição e explicação dos factores psicológicos que influenciavam a actividade física e desportiva. Posteriormente, os psicólogos dedicavam-se à predição e ao controlo do rendimento desportivo. Por fim, e é esta a perspectiva e preocupação actual, centra-se na optimização do rendimento desportivo.

A Federação Europeia de Psicologia do Desporto apresenta a psicologia do desporto como a área de intervenção psicológica que se “preocupa com os fundamentos, processos e consequências psicológicas da regulação psicológica de actividades relacionadas com o desporto, por parte de uma ou mais pessoas, agindo como sujeito(s) de tal actividade” (1)

Quando dois atletas têm o mesmo valor físico, ou seja, resultados muito semelhantes ou iguais, são os factores psicológicos que podem decidir o resultado numa competição.
Deste modo, a psicologia do desporto, mais do que qualquer outra psicologia, direcciona-se para a prevenção e para a saúde e bem-estar psicológico do atleta.
As suas preocupações centram-se em questões como a motivação, as implicações psicológicas de lesões, a avaliação das capacidades, a adesão ao exercício, entre outras. (2)

O papel do psicólogo do desporto em contexto desportivo pode ser: na área da investigação, destinada a contribuir para o avanço e desenvolvimento da teoria e do conhecimento; na área da formação e ensino e o mais habitual, no apoio a desportistas, equipas, treinadores, árbitros e organizações desportivas tendo em vista o desenvolvimento de competências psicológicas para a optimização do treino e do rendimento desportivo. (3)
A psicologia do desporto actua em áreas como a motivação, o treino de controlo da respiração, a preparação psicológica para as competições, o relaxamento, entre outras.
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(1) Manual de Psicologia B 12.º Ano, 2ª Parte “A Procura da Mente”. Pires, Catarina; Azevedo, Lucinda; Brandão, Sara. Areal Editores 2006
(2) Manual de Psicologia B 12.º Ano, 2ª Parte “A Procura da Mente”. Pires, Catarina; Azevedo, Lucinda; Brandão, Sara. Areal Editores 2006
(3) Internet: http://aroeiraphysio.com.sapo.pt/psico_desp.htm